Ela sempre deixa pistassem querer na verdade ninguém sabe contar sobre ela se era doce ou venenosa amiga ou enganosa ficou no ar deixou pra trás uma cortina de fumaça deixo ir ou ficar não se vê por completo metade luz metade sombra alguns olhavam dentro dos seus olhos olhos camaleônicos na espreita do caçador escutavam suas palavras o último suspiro não rimava nesse acorde ainda me pergunto choros ou sorrisos o que era ? seguiam seus passos e voilá mundão velho sem porteira pó ,chão e sujeira e o resto já se foi.... palpites ,nunca certezas pra ela tanto faz difícil de fisgar peixe grande se atracar foge se esquecer volta que mistério é esse não há paredes no seu lar só brechas vagas e incompletas luzes e sombras não poderia explicar quem é ela? de onde veio? pra onde vai? nessas ruas onde piso há vestígios por aqui e lá no verde musgo laranja do cais azul velejar há um abismo dentro dela preciso de uma ponte ainda não sei voar.