Ela sempre deixa pistassem querer na verdade ninguém sabe contar sobre ela se era doce ou venenosa amiga ou enganosa ficou no ar deixou pra trás uma cortina de fumaça deixo ir ou ficar não se vê por completo metade luz metade sombra alguns olhavam dentro dos seus olhos olhos camaleônicos na espreita do caçador escutavam suas palavras o último suspiro não rimava nesse acorde ainda me pergunto choros ou sorrisos o que era ? seguiam seus passos e voilá mundão velho sem porteira pó ,chão e sujeira e o resto já se foi.... palpites ,nunca certezas pra ela tanto faz difícil de fisgar peixe grande se atracar foge se esquecer volta que mistério é esse não há paredes no seu lar só brechas vagas e incompletas luzes e sombras não poderia explicar quem é ela? de onde veio? pra onde vai? nessas ruas onde piso há vestígios por aqui e lá no verde musgo laranja do cais azul velejar há um abismo dentro dela preciso de uma ponte ainda não sei voar.
Passou a vida diante de quem corria contra o tempo
feito pensamento que se esvai num instante de sono
enganado pelo sentimento impreciso
de estar rodeado no silêncio
cego no tumulto uma pedra rachada no asfalto no alto da coluna onde piso persigo em fronte em frente o chão sem fronteiras sem medo pés e alma livres
Para o amor há só uma precisão
sem juízes nas bancadas
não há meio olhar
nem meio consentimento
há um só sentido,um só olhar
sem pecar,invadindo por querer
roubando sem pedir
todos os martelos
arrancando sem pudor
suspiros e corações
tocando as sinetas
tempo de libertação
bolsos vazios
almas plenas
Apenas..
desligue o automático
rompa a tração
desse mapa sentimental
chegando como quem não pertence
amando como quem não se fere
abaixando as espadas
levantando as mãos
em prece ao amor
sem intenções
guardo a chave comigo
jogo fora as cartas
dispenso as testemunhas
mato a charada
me basto!
''só os cegos verão
na terra do impossível..''